quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Agora não. Estou chorando.

Tuberculose é o nome do que bate do lado direito do meu peito.
E esse é o nome também que me apavorou e chegou pra redimensionar tudo em volta.

A tuberculose tirou meu fôlego. Chegou no susto, ou se mostrou pra mim assim.
Pra ser bem fiel aos fatos e olhando a 'bichinha' bem de perto, descubro que ela tem a minha cara: não fala o que sente, respira apenas e não grita nem quando está com dor.

Pois bem, ela chegou pra ficar e por isso chove em mim...
Ainda bem, "para que flores não faltem jamais".

3 comentários:

Annanda Galvão disse...

"não fala o que sente, respira apenas e não grita nem quando está com dor."

conheço a tuberculose só de espectadora...e vi dois guerreiros vencê-la...meu vô e você!
Li em algum lugar que os recém nascidos, gritam e choram, justamente pra expandir os pulmões...
nas próximas dores, (não que eu as deseje, mas é inerente à vida ne?), grita e expande mais esses pulmões, agora protagonistas!
Porque sei bem que a coragem não lhe falta..seja pra engolir os tais comprimidos...seja pra encarar esse mundão...
Tenho muito orgulho de você!

coisasqueeunaosei disse...

Muito, muito orgulho de vc!!!!

Ana Carolina Gil disse...

Querida amiga,
Não faltarão flores nunca. Não faltará coragem nem força pra recomçar. Nem fé para seguir em frente. Nem amor pra ajudar a se curar. E a curar os outros. Porque o que nao foi a toa, não foi nem pra você, nem pra cada um de nós.
Sinto uma alegria imensa ao ver vocÊ transformar tudo em poesia. Me faz bem. Me faz pensar em quantos pulmões ainda vou ver, e quantas vezes vou tentar pensar: pra que não faltem flores jamais.
Obrigada por ser chuva no meu jardim com suas palavras e seu astral...
Um grande beijo