terça-feira, 14 de julho de 2009

21.11.08

foi o dia que eu soube que nunca mais vou ver novamente o sorriso torto do meu vô.

Também não vou ver seus reclames, elogios e orgulho e lindices e chatices e notícias e histórias e belezas...mas é do sorriso torto que eu vou sentir mais falta.

Esse furacão que me atravessa e o vento trouxe pra perto mais essa tristeza.

"Nunca mais"... é um lugar muito longe e de difícil acesso, por isso pensar nessa distância me cansa tanto.

"Não posso nada contra isso." Esse é também um caminho sem sinalização alguma.

"Eu nunca e eu nada". Eu fico exausta e sem palavras para encarar isso tudo. Silencio.

Um comentário:

Annanda Galvão disse...

Acho que tem coisas que a gente nunca supera.
Seu vô tinha sorriso torto, o meu que também se foi tinha o andar... Ele perdera um pulmão por conta de tuberculose...mas seu andar acabou virando marca registrada, meio de lado, garboso que só ele!
Já fazem sete anos e alguns meses que não o vejo aqui...e lembro de chorar por não saber como seria sem ele. Até hoje não o sei.
A gente chora pelo desconhecido e silencia por não saber mesmo né...
Mas a gente aprende que não se aprende a conviver com a falta, mas ela se transforma em saudade boa de sorrisos e andares tortos que ainda nos presenteiam com sorrisos de canto de boca ao serem lembrados.
Obrigada pelo tanto de lembranças que me tomaram ao ler essas linhas, como sempre lindas e verdadeiras.
beijocas!