terça-feira, 23 de junho de 2009

Alívio

Vó,
finalmente tive um fim de semana cheio de cheiros bons e conhecidos...

Já é primavera, mas da janela e na pele, ainda é o frio gelado do inverno que se sente.

Não importa. No sábado e no domingo fez sol de dentro pra fora porque estiveram aqui as Carois, Gabi, Thiela, Nath e Fernandinho (o povo do 4° andar) e o Thiago.

Rendeu disso tudo muito chocolate quente (receita que aprendi com você), os risos que me faltavam, a alegria da amizade e a festa que é ter colos antigos me dando espaço bem aqui no meu quintal - território particular e próprio que usei algumas vezes para chorar o desespero de não ser visitada e carregada da maneira que sonhei e queria.

Não faz mal. Me nego a dormir mais algum dia com aquela sensação sem fôlego e na experiência do abandono.

Tenho que parar com essa coisa de querer amor mais concreto, de presença mais sólida...

Onde eu estava com a cabeça quando achei que era isso que me salvaria da dor no peito?

Pois foi "sozinha" que eu me curei da loucura que é achar que o amor da condição de telepatia e bola de cristal às pessoas.

Tudo bobagem.
Foi em casa, com meu corpo e a duras penas que eu aprendi o que não saquei durante toda faculdade:

COMUNICAR. É desse jeito que a gente sinaliza aos queridos do que se gosta e como se sente bem. É desse jeito que a gente ganha carinho.

Informação é a alma do negócio, a palavra-chave e chave mestra.

Funciona assim. Eu digo: Estou precisando de você. E o você vem. É batata. Não é mágico?

E eu que achei que a magia estava em calar e esperar que o graçom trouxesse, na intuição, meu prato favorito. Tudo bobagem.

Fome se mata pedindo comida, berrando "Tô com fome", até os bebês sabem disso e eu do alto da minha montanha de ignorância, precisei me transformar em uma senhora, aos 25 anos, para entender esse fundamento.

1) - Amigos são só amigos e isso não lhes qualifica como cartomantes. Por isso quando precisar de algo, peça. Não espere que adivinhem.

PS: Essa verdade serve a pais, irmãos, namorado, ao cabelereiro e todo e qualquer produto ou serviço que você deseje consumir da maneira que idealizou.

Moral da história: O que é óbvio pra você, não necessariamente o é para os que estão em volta.

Portanto, aviso aos navegantes - ainda quero colo!

2 comentários:

Nina disse...

Karlinha, amei!!! Você foi a pessoa que melhor definiu aquilo que vivo dizendo: as pessoas não têm que adivinhar aquilo que estamos pensando, sentindo ou desejando... A informação é mesmo a alma do negócio e não perca tempo na vida esperando elogios porque cortou o cabelo :):):) ou pedidos de desculpa de alguém que não sabia que você queria muito receber um telefonema... Elas não reparam e pronto. Grite bem alto!!!! Sempre!!!!
É pena que percamos tanto tempo na vida sofrendo por coisas que os outros não fazem a menor idéia.
Bjs,
Nina

Annanda Galvão disse...

gente! não lembro de terlido esse post!
lembro de alguma conversa que tivemos sobre algo do gênero...mas não do post! que absurdo!rs
sei que não é possivel...mas que seria otimo que advinhassem tudo que temos ânsia..ah isso seria!rs
beijo e colo!!!